TRAVELLING DE DANEY: fevereiro 2010

STAR TREK, J.J Abrams

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STAR TREK, J.J Abrams


Sabor especial para os fãs.

Sempre que uma famosa série ganha nova vida com diferentes atores, cria-se uma grande expectativa. Infelizmente, na maioria das vezes, o principal público alvo - leia-se os religiosos fãs - acabam desapontados com a experiência. J.J Abrams, arriscou-se ao tentar resgatar a franquia Jornada nas Estrelas. E para a alegria de todos, a escrita foi diferente. Com certeza o filme agradou a legião spockiana.

Abrams certamente era o melhor nome para retomar a direção da saga. Como em Batman, temos um restart da história. O diretor acertou em cheio. A série realmente precisa de um novo folêgo. A oportunidade de ver Spock (Zachary Quinto) e Kirk (Chris Pine) jovens, até se tornarem os líderes da Enterprise é excitante para quem gosta da série. A narrativa segue esses dois personagens principais, partindo de sua formação - Kirk, que perdera seu pai, Spock, que sofria por ser metade humano e vulcano -, seus conflitos - e suas diferenças - Kirk, temperamental e rebelde, Spock, frio e racional - , até fechar na conhecida relação de amizade da antiga série.

A participação do Spock original (Leonard Nimoy, precisa apresentar?) é um momento especial do filme. O plano em que o Spock do futuro e do presente se despedem com a tradicional saudação é um culto a série. Quinto realmente consegue convencer como Spock, tanto no aspecto físico como psicológico. Vale ressaltar também o carisma do ótimo Anton Yelchin como Pavel Checov.

Tirando toda a importância para os fãs, o longa apresenta uma história razoável e grandes efeitos especiais. Para quem não conhece a série, o filme não é marcante e não passa de um bom passa-tempo. De qualquer forma, essa nova fase de Jornada nas Estrelas pode render muito mais. Basta esperar.


Star Trek

Direção: J.J. Abrams
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Karl Urban, Simon Pegg, Anton Yelchin, Zoë Saldaña, John Cho, Eric Bana, Leonard Nimoy.
Gênero: Ação/Aventura/Drama/Ficção Científica
Origem: Estados Unidos
Duração: 126 minutos
Tipo: Longa-metragem


Classificação do Crítica com Pipoca:


UP ALTAS AVENTURAS, Pete Docter e Bob Peterson

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UP ALTAS AVENTURAS, Pete Docter e Bob Peterson


Sensibilidade na margem

Quando a nossa vida acaba? É realmente complicado dizer. Não adianta começar a discutir inúmeras vertentes diferentes. Não importa no que você acredita, de fato nós não sabemos. Para o sr.Fredricksen, figura principal da animação Up Altas Aventuras, a vida não termina quando perdemos alguém querido. Na verdade, é isso que o personagem descobre ao longo de sua fantástica e deliciosa - para nós - aventura.

Fredricksen (Edward Asner) é um idoso vendedor de balões. Nos primeiros 10 minutos da animação, somos agraciados com um plano-sequência que vai desde um Fred - o chamaremos carinhosamente dessa forma - ainda criança, onde conhece sua futura companheira Ellie, passando pelos momentos de sua vida, até a morte de Ellie, quando ele se encontra idoso. É fácil descrever os acontecimentos em sua forma física, mas é impossível descrevê-los com seu aspecto emocional. É exatamente aí o ponto forte dessa introdução do filme. Os diretores Pete Docter e Bob Peterson trabalham na margem da sensibilidade. E isso só é possível com a bela construção da animação, que toma cuidado com a expressão dos personagens.

Infelizmente, o espetacular acaba por aí. O que temos é uma história que se desenvolve de forma arrastada e clichê. Fred, como um último suspiro, procura realizar o sonho de sua amada, que era morar no local onde o herói de sua infância caçava criaturas exóticas. Durante seu percurso, Fred é obrigado a acompanhar um garotinho de anos e se depara com violões inusitados e causas a defender.

A aventura é engraçada e o longa consegue agradar todas as idades. Por culpa da própria Pixar, após Wall-E, criou-se um parâmetro muito grande e nós, pobres espectadores, ficamos mal acostumados. De qualquer forma, UP é um bom programa e um filme agradável de se ver.


Up - Altas Aventuras (Up, 2009)

Elenco: Vozes de: Ed Asner, Christopher Plummer, John Ratzenberger e Jordan Nagai.
Gênero: Animação
Origem: Estados Unidos
Duração: 96 minutos
Tipo: Longa-metragem


Classificação do Crítica com Pipoca:

GUERRA AO TERROR, Kathryn Bigelow

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GUERRA AO TERROR, Kathryn Bigelow


A falsa realidade

Para o funcionamento de qualquer organismo, é necessário que todos os órgãos funcionem. No entanto, sempre temos os principais. É assim no corpo humano, com o cérebro, no futebol com a bola - afinal, 22 jogadores não jogam sem uma bola, mas uma pessoa pode jogar sozinho com uma -, etc. No mundo cinematográfico, é claro que necessitamos de um espectador e de um criador, para que um filme viva, mas analisando atentamente, essa criação não seria possível sem o uso da câmera. É a partir dela que o cinema nasceu e seu devido uso faz com que, nós amantes da obra, sejamos agraciados com um digno exemplo de sétima arte.

Kathryn Bigelow, nos presenteia com um belo uso da câmera em seu último filme, Guerra ao Terror. Ela nos direciona, durante todos os planos-sequência, a uma sensação de realidade. Tudo isso é possível graças ao manuseio minucioso da câmera. De forma trêmula quando os soldados correm nas ruas de um Iraque sujo e destruído; embaçado quando substitui os olhos do fuzileiro ao mirar em um alvo distante sob forte calor. Bigelow trabalha de forma que transporta o espectador para o front.

Outro aspecto que reforça a sensação de realidade é a construção dos personagens. A contagem regressiva dos dias que faltam para o serviço terminar é proporcional a forma como os soldados chegam ao fim da capacidade física e mental. O esgotamento só é possível, pois as figuras centrais são humanizadas. Não temos super soldados como um Rambo. Temos pessoas comuns, com seus conflitos familiares, que suspiram aquele ar de adrenalina. Adrenalina essa que exala da película e gruda em nosso sentimento.

Guerra ao Terror dispensa comentários. Não precisamos discutir valores políticos. Todos nós ficamos impressionados com a complexidade do longa. A Obra responde por si. Mesmo sabendo que tudo isso não passa de cinema, temos um amostra grátis dos males de uma Guerra e do que ela é capaz. Palmas para Bigellow e - todos - os ótimos atores do filme. Obra-prima!


Guerra ao Terror (Hurt Locker, The)

Direção: Kathryn Bigelow
Gênero: Ação/Drama/Guerra/Suspense
Origem: Estados Unidos
Duração: 131 minutos
Tipo: Longa-metragem

Classificação do Crítica com Pipoca:

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